Pessoas fluidas
andam descalças. Dominam o espaço no
lugar onde passos são arpejos bem-aventurados para saltos e titanomaquias.
Pessoas fluidas
não fodem no escuro. Dormem compondo
sinas. Fazem liturgias entre Deus e Diabo. Gozam com eles.
Pessoas fluidas
acordam sonhos inatingíveis. Tatuam cor
no peito luminoso da metafonia. Dizem:
“a voz me enrubesce no silêncio”.
Pessoas fluidas
se alimentam de sêmen. Brotam lírios
derramando céu nos corpos curvilíneos. Recompõem metáforas.
Fábio Santana Pessanha
2 comentários:
Poemado e com as apaixonâncias intrínsecas de seu versar. Que lindo, Fábio!
Obrigado, Dani! Sempre carinhosa com suas leituras, obrigado mesmo!!
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