20 de maio de 2008

Arte

Desnudada de palavras formais, da forma (“fôrma”) e do conteúdo: a arte. Não a minha, nem a do teórico: apenas a arte.

E mais, arte plenamente despida, inclusive de determinações: o artigo.

Doação do que sou no mundo, sendo o próprio mundo; dou-me arte e não artisticamente. Pois, se arte for caminho ou trilha, antes, é todo: floresta.

Então só posso pensar que arte não é digna de metafísico raciocínio, mas sim de fruição: o rio. Rio este que busca, que procura seu destino, o ato derradeiro no mar: o homem: a morte.