Fosse isso quase, dantes fosse curva, em
que fora o cravo dentro em laço pouco fluido. Um vintém, quem sabe, ninguém além
de um misto parco desse corpo inconformado. Um segredo. Quem, porém, não dissesse
quando desde muito quase enquanto isto que se diz já se foi, e pronto. Um
recado. Uma notícia que se queira dar. Um bocado. Um trocado para garantir
migalhas. Mil navalhas na língua de quem não se cala, que traz no sangue
jorrado a história de uma morte descabida. Gotas caídas num círculo contorcido a
pés inchados. Uma sola. Solavanco instado a dedos. Arremedos em circuito
côncavo para concertos trítonos. Chão. Marcas circundadas à lama pelo dejeto
engastado em orifício pouco cônico. Nos mapas de suas veias um destino se fez
vermelho. Interrompido. A flama dessas dores uma vez mais em arredores férteis
d’escambos. Pinta a melancolia de uma rua escura à procura da lamparina incandescida
a vácuo. Modernidade diz respeito à luz antes do clique, ao lenço antes do
adeus, ao esporro antes do gozo. Uma carta se dirige ao peito de quem não a
recebe. Nunca receberá. Porque já não é. Nunca foi. Instante. O rápido atropelo
da canção a gagos leitos. Não há cama que fique arrumada. Nem sou romântico.
Quando muito.
Fábio Santana Pessanha
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