escuta a voz que te chama
ao peito, pergunta à
palavra que te invoca qual
porta desce ao leito, qual
falha ante o efeito
hipocondríaco do
que te come do
que te arrasa o rim do
que te alarga a fronte
corrupta ao descompasso das
pernas que te carregam ao
lírio baço do teu queixo.
escuta, canta
o grito atonal do apelo. deixa
perdurar o abraço que te afeta
impreciso. finge
o rosto em tuas
mãos, sente
cada curva, cada
dúvida.
espera a fala, deixa
a palavra se erguer ante
a boca. carrega
nos ombros o peso
veloz do lábio, infringe
o céu no gosto
surdo dos braços e
escuta.
fábio pessanha
4 comentários:
Muito bom de ler. Parei tudo aqui pra ler em voz alta esse teu poema.
Repasso os aplausos.
Daniele!! Que bom te encontrar por aqui! Muito obrigado pelo comentário!! E que honra te fazer parar um momento para conversar em poema comigo!! Gratidão!!
Vir aqui me deu ânimo de continuar com minha bagatelinha poética.
Abraços!
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