6 de março de 2017

CORPOemado II: cotovelo




Noite cai sobre o corpo
sozinho ante o silêncio

Pálpebras pendem para
o fundo escuro do dia

guardado na dobra de
um cotovelo engastado

mediante trovas com
soante curva das ruas

rubras em seio turvo
A noite faz seu ninho

na capela diária de um
corpo entregue à canção

iridescente entre mãos
perdidas dentre vãs

descidas ao gosto interno
da sombra de um rosto

deitado ao longo de esteio
braço forte firme infame

desde ante o tronco fálico
da voz até o gozo frêmito  

de esculpidos gritos em
cotovelos nascidos nas

noturnas ébrias idas ao
canto fugaz do corpo

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