Na quinta (22/12), teve
Corujão da Poesia em Niterói, no restaurante Bizu Bizu do Reserva Cultural.
Houve uma belíssima homenagem ao centenário de Manoel de Barros,
e tive o imenso prazer de participar desse momento com pessoas que vivem a
palavra poética em suas variadas maneiras de aparecer: música, teatro e, claro,
poema!
Para o dia, um dos
poemas que levei foi esse (abaixo) que escrevi para o Manoel de Barros, poeta
que para mim é o grande marco tanto no que diz respeito ao pensamento sobre
poesia quanto à poesia como pensamento. Mais ainda, ao que se trama sobre o
belo absurdo de vivermos num meio de caminho entre nós e nossos outros!
Poememos!
joelhos
para
manoel de barros
um
segundo me toma Uma
janela
me escancara Um
mundo
se enreda em meus cotovelos Uma
glória
se enraíza no cisco dos meus olhos Um
abraço
dado por fora dos pelos das
asas
Povoam voos das
palavras
Germinam poemas em
andores
cheios de primórdios
são
os sacramentos do absurdo Joelhos
enraízam
flores no lado
avesso
ao muro Erguido
no
intervalo mudo da pele Só
os
absurdos enriquecem a poesia Desde
um
poema até o ventre da visão “a
poesia
está guardada nas palavras –
e
é tudo que sabemos”
2 comentários:
Foi uma linda noite, Fábio!! Parabéns pelo poema... sua participação foi um momento muito especial e que se repita muitas vezes!! :D
Foi uma linda noite mesmo, Flávia... foi, sim, um momento muito especial! E que bom que você estava lá, poetando também!!
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