Da ciranda de poesia
que propus no meu instagram (@fabiospessanha), abaixo segue o último giro (até
então) que dei nessa roda poético-palavral:
Desvia
a fronte no olhar,
perde
o queixo do teu alvo,
rompe
andança em pés calados
sob
luar lancinante de palavras
alvas
no limbo fálico da noite,
falsas
no espectro odioso do açoite.
As
voltas de suas molduras,
as
ancas de sua desenvoltura
tão
verbalmente chão,
tão
nominalmente não,
comungam
laços
no
regaço perdido dos pelos,
no
volúvel esquecimento do nome.
A
castidade se instala no
abraço
tangido à penumbra.
Eleva
o peito ao céu,
roga
ao santo eleito
em
cabeça erguida
o
apelo entre coxas,
o
pendor em ocos
flagelos
de cor dentro de espasmos.
O
sorriso molhado da morte
tinge
o tempo de pronomes,
faz
ranhuras nos escombros
do
suor até que a voz
até
que... a voz
se
perca no rumor de invernos.
Fábio Santana Pessanha
A ideia é que cheguem
sem pedir licença e entrem na roda com um poema, ideia ou seja lá o que for! Só
não se esqueça de marcar quem quiser convidar para a ciranda e os demais
participantes!
2 comentários:
Imenso!! :)
Muito obrigado! As palavras me imensam... e me perco nelas... todo o tempo...
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