30 de setembro de 2012

Passagem

Era um dia de passagem em que a rua atravessava meu caminho. Passos em linha reta figuravam um percurso de transiência, desenhavam o átimo de sua errância.

Não sei o que digo nem o que faço. Não sei o norte da minha andança, o ritmo da minha dança. Qualquer coisa acontecida se irradia em minha vida como fonte descrida ou gorjeio de flor entardecida.

Ser poeta... Morar na morte dos meus dias, na vida dos meus erros. Ser poeta... Um conflito sem porto seguro, um festejo de meio-dia, um rascunho constante no gesto do meu corpo.


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