18 de outubro de 2011

Canto para chuva

Ah, chuva que cai
Leva minha angústia embora
Para dentro de onde nasce o choro
Regue minhas lágrimas com sua queda
Com seu jeito poente de cair

Chuva que anima os solitários
Que fecunda a terra de pés descalços
Lave o pranto que se finda
Leve o canto para sua aurora

Meu fastio é seu desenredo
Minha sina, sua verticalidade
Quero ser oblíquo como seu caminho
E me entortar com o vento que me plange

Nenhum comentário: