Chamamento de vento
se
diz prelúdio de aurora.
Seu
habitual repouso está
nos
cabelos desgrenhados
da
criança a céu aberto.
Se
o vento dança no arremesso
do
corpo em seu passeio,
então,
como seguir uma linha
cujo
destino é o horizonte?
Como
permanecer razoável
se
sua lógica se refaz em descaminhos,
mergulho
na praia,
cabelo
na cara,
saia
levantando,
papel
voando
ou
curva de chuva?
O
vento é a entrega do corpo
no
movimento de ser instante.
O
vento é uma experiência de aprendizagem,
é
um amar que se dá sem poste,
sem
sim ou não.
O
vento venta
tal
qual o amor ama,
nos
ama.
E
nos amamos no amor...
Nos
amamos no vento.
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