7 de janeiro de 2008

Atravessamento (pequeno silêncio de uma grande ausência)

Transitável como o infinito em transe, o momento é o do repensamento.
Travessia.
A cisão que desune o nunca unido é agora o irremediável...
Finalmente o irreversível desfaz sentido
E é na refeitura do descaminho que trilho agora às escuras...

A poesia nunca fez tanto sentido
A flor que floresce só por florescer nunca esteve tão flor,
Tão sem-saber.

E agora?
Passou e sempre passará...
Atravessamento:
Pequeno silêncio de uma grande ausência.

Fábio Santana

2 comentários:

fernanda disse...

adorei. e não consigo comentar direito porque agora que fui comentar fiquei sem o texto do lado. mas algo do irreversível desfazer ou fazer sentido foi ótimo. porque é isso que a gente faz com linguagem desautomatizada, né, começa a desinverter até fazer um sentido mais automático.
ou sei lá, pode ser que nada disso esteja no poema.

hehhe

eu só vim aqui, mesmo, pra dizer que, poxa, eu gosto do léo. :) bastante...

:*

Tânia Souza disse...

E ao não-fim, ainda a poesia, esta sim, irreversível.