A arte cria seu lugar e se realiza em realidades que apontam para o horizonte de todo e qualquer questionamento. A poesia é o método (metá = entre; hodós = caminho) pelo qual o homem se vislumbra na liminaridade na qual se encontra desde sempre lançado, ou seja, o "caminho-do-entre" é a realidade do homem se realizando.
Poeticamente, o homem habita o seu estar-no-mundo. Portanto, a poesia não é um gênero, um estilo ou qualquer tipo de determinação metafísica de produção humana; não serve a uma finalidade. O poético é um dar-se completo do homem à pro-cura de sua humanização, de seu originário. A arte é o sagrado silêncio, o abismo do qual surge o paradoxo e este é o sentido mais radical de estar vivo. Humanamente, poetificamos o a-se-pensar de um lugar que está sempre por existir, mas nunca existirá numa limitação mensurada pela razão.
O silêncio tudo nos diz... a arte nos consagra poetas. E poeta é todo aquele que atravessa a limitação do subjetivismo e habita a ambigüidade da vida-entre-morte.
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