Na última edição do Jornal Letras pelas Letras, tive o grande prazer de dividir o espaço do mesmo com os companheiros de poesia que tanto enchem a Faculdade de Letras da UFRJ de lirismo.
Trago aqui a poesia que publiquei no jornal e, como sabem, fiquem à vontada para criticar!
Em algum lugar da existência
De outro sem ninguém
Vem o lugar algum do execrado interlocutor.
As palavras ocupam o não-lugar,
Incendeiam o inaudito, o inefável.
Áreas fúnebres,
Funestas inscrições circunscritas
No arrebatar do indivíduo.
Chuvas torrentes,
Mananciais corrompidos pela impureza das maledicências.
Vil imagem penetrante num ser transtornado,
Sua dúvida é sua dor.
Infatigável não saber maldito!
Correr é vagar inutilmente
De volta ao não-lugar.
Doce retorno a não-presença,
Corrói a carne do herói quixoteano
Que das La Manchas nunca ouviu falar...
Irreconhece a cultura da aproximação.
Doce bárbaro descrente de sua própria obra,
Seu ser é a ausência,
É o nada plagiado do texto de outrora.
Mil visões perambulam frente aos olhos lacrados.
Mimeticamente, os pensamentos se verbalizam em ações.
Verborragias fúteis.
Encarnam no homem subjugado ao seu próprio não-saber,
Inconsciente da maldição que o assola.
O mesmo homem acorda todas as manhãs
E prossegue sua via
Mais um morto que se levanta...
De outro sem ninguém
Vem o lugar algum do execrado interlocutor.
As palavras ocupam o não-lugar,
Incendeiam o inaudito, o inefável.
Áreas fúnebres,
Funestas inscrições circunscritas
No arrebatar do indivíduo.
Chuvas torrentes,
Mananciais corrompidos pela impureza das maledicências.
Vil imagem penetrante num ser transtornado,
Sua dúvida é sua dor.
Infatigável não saber maldito!
Correr é vagar inutilmente
De volta ao não-lugar.
Doce retorno a não-presença,
Corrói a carne do herói quixoteano
Que das La Manchas nunca ouviu falar...
Irreconhece a cultura da aproximação.
Doce bárbaro descrente de sua própria obra,
Seu ser é a ausência,
É o nada plagiado do texto de outrora.
Mil visões perambulam frente aos olhos lacrados.
Mimeticamente, os pensamentos se verbalizam em ações.
Verborragias fúteis.
Encarnam no homem subjugado ao seu próprio não-saber,
Inconsciente da maldição que o assola.
O mesmo homem acorda todas as manhãs
E prossegue sua via
Mais um morto que se levanta...
Fábio Santana
2 comentários:
Meu amigo:
Uma poesia extremamente "real", mas sem sonhos...
Onde estao os sonhos? Precisamos deles para viver.
Um beijo
MARY
Fabio,
Vim aqui reler sua poesia. Vou dizer-lhe o que senti.
Senti que voce desenhou o "cru", ou seja, o "real", e depois de le-la, (achei bonita e forte!) achei que faltava algo...entao do meu comentario...sua poesia nao tinha sonhos.
Entendeu? Assim que a senti. Talvez por ser sempre uma romantica incorrigivel, ou uma Poliana, estou vendo sempre o lado do sonho...
Um beijo querido
MARY
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