16 de outubro de 2013

Poetas...

Um poeta é aquele que vive sua morte todos os dias, num adentramento profundo em si. Ser poeta é um ensimesmar-se no que supostamente se considera ser o repetido do cotidiano. Não existe repetição, mas presentificação constante da própria morte que é. Ou então, podemos pensar, a verdadeira experiência da repetição é aquela que exerce em sua constância a diferença, como lemos em Manoel de Barros: “Repetir repetir – até ficar diferente”.[1]



[1] BARROS, Manoel de. Poesia completa. São Paulo: Leya, 2010, p. 300.


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