Hoje eu ia escrever um
gato, mas seu miado roubou minhas letras. Daí, tive que descobrir palavras com
os dedos no chão. Foi quando a terra saltou com verbo e pululou gotinhas de
poesia no céu. Finalmente descobri o que são as estrelas!
Mas uma pergunta logo
assustou minhas ideias: e a lua? Demorei-me sonhos e presságios deitado sob a barriga
da noite até que muito tempo depois me dei conta de que esquecera do gatinho
que travessurou minha escrita, embaralhando minha gramática.
Espantei-me, dando um
salto de felicidade, quando percebi que o gato me olhava o tempo todo: seus
olhos eram a lua!... E a gramática, poesia para aqueles cuja palavra não se
amarrou no poste vernacular.
2 comentários:
Se ele escapar de novo, procure entre os amarelos das carambolas, no galho que toca a lua.
Carambolas são um jeito amarelo de serem estrelas e poesia. Basta aprendermos a ver... E, Lucia, parece que você já percebeu... Obrigado pelo comentário!
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