23 de outubro de 2008

Olhos

Entreabertos,
os olhos sonham a realidade.
As cenas líquidas repousadas em pálpebras dormentes
piscam gotas de orvalho luminoso.

Raptados da claridade do sono,

imagens,
mosaicos,

e

dúvidas

turvam o plasmar do acerto.

Porém,

deitado em nuvens brandas,
o dia se repete sempre novo
e encontra o susto da turbulência.

São dedos, mãos e pés
que se descobrem na repetição dos gestos,
na caridade do surto,
no apelo da queda.

Nenhum comentário: