“[...] a poesia é o que nos aproxima de
nossa morte, pois finca raízes em nossa carne, pondo-nos também em
questão. Quando isso acontece, o mundo deixa de ser
a realidade estável do senso comum para se mostrar como paisagem de instabilidade.
Pois a realidade não é estável, e sua mobilidade é o mistério que nos
toma sempre inesperadamente, restando-nos o abismo”.
Referência:
PESSANHA, Fábio Santana. A
hermenêutica do mar – Um estudo sobre a poética de Virgílio de Lemos. Rio de
Janeiro: Tempo Brasileiro, 2013, p. 60.