Lendo o livro Gramática Expositiva do Chão, do poeta Manoel de Barros, tive vontade de ser pedra. Pensei: “como fazê-lo quando já estou preso nesta jaula de carne, ossos e luxúria?”. A única solução para isto é ser poeta e criar um poema:
Pedra
Ser pedra
é estar descascado de conceitos,
sendo coisa nas coisas,
braço de mundo na pureza
do que ainda não caiu em palavras.